por Caio Ribeiro - 0 Comentários

CBF busca ajustes nos torneios internacionais

O futebol brasileiro carrega uma história de sucesso na Copa Libertadores e em competições internacionais, consolidando-se como uma potência no cenário esportivo mundial. No entanto, com tantas conquistas vêm também desafios, especialmente na gestão de calendário dos clubes. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tomou para si a missão de buscar melhorias que possam facilitar a vida dos clubes do país. Em setembro de 2024, a CBF enviou uma proposta à CONMEBOL, a entidade responsável pelo futebol na América do Sul, solicitando mudanças significativas nos critérios de participação dos times brasileiros na Copa Libertadores.

Propostas sugeridas pela CBF

A proposta, amplamente detalhada e colocada em evidência pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no anúncio do calendário de futebol para 2025, inclui três mudanças principais. Primeiramente, a CBF sugere a eliminação dos playoffs da Copa Sul-Americana. Atualmente, esses playoffs adicionam uma carga adicional aos clubes que já enfrentam uma maratona de jogos durante o ano. Além disso, o segundo ponto da proposta visa remover os clubes brasileiros da fase preliminar da Copa Libertadores, conhecida também como Pré-Libertadores. Por fim, a ideia é garantir uma vaga direta a mais para o Brasil na fase de grupos, oferecendo uma oportunidade adicional para os times do país competirem diretamente no torneio.

A necessidade de aliviar o calendário

A motivação por trás dessas mudanças propostas é clara: aliviar o congestionado calendário dos clubes brasileiros. Diante de um calendário saturado, os clubes enfrentam dificuldades reais em gerenciar suas equipes e rendimentos, muitas vezes resultando em insatisfações tanto para torcedores quanto para os próprios jogadores. Estes últimos, submetidos a uma extenuante carga de trabalho, encontram dificuldades para manter o desempenho em alto nível, elevando também o risco de lesões e sobrecarga física.

Sem resposta da CONMEBOL

No entanto, apesar da boa vontade e do foco na melhoria proposta pela CBF, até agora não houve qualquer progresso concreto em discussões informais com a CONMEBOL. Nenhuma resposta formal foi emitida pela confederação sul-americana, sinalizando que as possibilidades de avançar nessas negociações permanecem incertas. Essa falta de feedback é um lembrete dos desafios enfrentados nas esferas administrativas do futebol, onde interesses e contratos comerciais muitas vezes protegem o status quo.

Os contratos comerciais em vigor

A estabilidade e continuidade de contratos comerciais, que são fundamentais para sustentar a estrutura financeira das competições, reforçam o desafio que a CBF enfrenta. Atualmente, o ciclo de contratos comerciais vigentes cobre até ano de 2026, período em que essas mudanças, se implementadas, precisariam ser ajustadas sem comprometer as cláusulas existentes. No entanto, isso implica uma reavaliação cuidadosa e negociações que permitam atualizações sem causar impacto negativo nas partes envolvidas.

Visão para o futuro

Com o calendário de 2025 já delineado, incluindo a data de início do Brasileirão em 29 de março e seu término em 21 de dezembro, a CBF continua a buscar saídas que possam beneficiar tanto os clubes quanto os torcedores brasileiros. A esperança é de que, apesar das dificuldades e do silêncio inicial da CONMEBOL, diálogos futuros possam estabelecer um caminho mais harmonioso e sustentável para o futebol sul-americano, em especial para Brasil, um dos seus maiores expoentes.

Continuaremos acompanhando essa situação, sempre em busca de atualizações e atentos aos movimentos das entidades que governam o futebol no continente. A expectativa é de que, com comunicação eficaz e alinhamento de interesses, as necessidades dos clubes possam ser atendidas de forma a promover um futebol mais competitivo e saudável.