por Caio Ribeiro - 0 Comentários

Quando falamos sobre grandes rivalidades no futebol, o Superclásico entre Boca Juniors e River Plate imediatamente vem à mente. Este encontro não é apenas um jogo; é uma experiência que captura a essência da paixão argentina por esse esporte.

Desde a sua primeira partida em 24 de agosto de 1913, onde o River Plate superou o Boca por 2-1, o confronto se transformou em muito mais do que simples estatísticas. As partidas ocorrem em palcos memoráveis como La Bombonera e El Monumental, cada um carregando histórias e uma atmosfera única. A rivalidade vai além dos gols, é uma disputa de alma e identidade que comove toda uma nação. A tragédia de Puerta 12 em 1968, onde 71 adeptos perderam suas vidas, ainda ressoa nas memórias como um dos momentos mais sombrios do esporte, gerando discussões sobre as causas, desde confrontos adversários até uma dura repressão policial.

No cenário recente, River triunfou sobre o Boca por 1-0 em setembro de 2024, e todos aguardam ansiosamente o reencontro em abril de 2025. Esses confrontos são frequentemente apontados como os mais intensos do mundo, superando até mesmo o famoso embate entre Barcelona e Real Madrid, segundo renomadas publicações como The Observer e FourFourTwo.

Historicamente, Boca Juniors lidera com 92 vitórias, enquanto River Plate apresenta o recorde da maior vitória (5-1 em 1941), e Boca detém sua vitória mais decisiva em 1928 com um estrondoso 6-0. Mas além dos números, este derby reflete profundas divisões raciais e regionais, ecoando as tensões entre narrativas centradas em Buenos Aires e identidades provinciais, conforme estudos acadêmicos de integração nacional através do futebol.

No fim das contas, o Superclásico é um microcosmo da Argentina, encapsulando conflitos culturais e paixões arraigadas. Não se trata apenas de dois times em campo; é um evento que une e divide, abrindo espaço para que cada argentino expresse sua essência.