Se você tem ouvido falar de calor intenso, chuvas fora de época e aumento do nível do mar, está lidando com as consequências das mudanças climáticas. Não é papo de filme de ficção; são fatos que já afetam a nossa rotina, a agricultura, a saúde e até o bolso.
Acontece que a maioria das mudanças tem origem em como produzimos energia, transportamos coisas e consumimos recursos. Quando queimamos carvão, petróleo ou gás, liberamos CO₂ e outros gases que ficam presos na atmosfera, aquecendo o planeta. Esse aquecimento altera padrões climáticos, faz com que as regiões secas fiquem mais secas e as úmidas mais úmidas.
O vilão número um é a queima de combustíveis fósseis. Cada carro que passa, cada fábrica que funciona e cada usina que gera energia libera toneladas de CO₂. Mas não é só isso: desmatamento, agricultura intensiva e o uso exagerado de fertilizantes também liberam gases como metano e óxido nitroso, que são ainda mais potentes no aquecimento.
No Brasil, a Amazônia desempenha um papel crucial. Ela absorve CO₂ e ajuda a equilibrar o clima global. Quando áreas são desmatadas, não só perdemos esse filtro natural, como também soltamos o carbono que estava armazenado nas árvores.
Além disso, a industrialização crescente em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro eleva a emissão de poluentes. O calor urbano, combinado com a falta de áreas verdes, cria ilhas de calor que pioram a sensação de temperatura.
Mesmo que a solução pareça grandiosa, pequenas atitudes somam. Trocar o carro por transporte público, bicicleta ou caronas reduz a quantidade de CO₂ que cada um de nós emite diariamente. Se precisar usar o carro, prefira modelos híbridos ou elétricos.
Na casa, economizar energia faz diferença. Apagar luzes desnecessárias, usar lâmpadas LED e desligar aparelhos eletrônicos da tomada quando não estiverem em uso corta o consumo. Investir em painéis solares ainda é mais caro, mas em algumas regiões já dá para recuperar o investimento em poucos anos.
Alimentação também pesa. Reduzir o consumo de carne vermelha, escolher alimentos locais e minimizar o desperdício de comida diminui a emissão de gases de efeito estufa ligados à produção agrícola.
Por último, pressione quem decide. Cobrar políticas públicas que incentivem energia limpa, reflorestamento e transporte coletivo melhora o cenário para todos. Participar de grupos e assinar petições pode transformar essas ideias em leis.
As mudanças climáticas são um problema real, mas não são invencíveis. Entender as causas, observar os impactos no dia a dia e adotar práticas sustentáveis são passos que cada pessoa pode dar. Quando todos fazem a sua parte, o efeito coletivo é bastante poderoso. Então, que tal começar hoje mesmo?
O Brasil enfrenta uma terceira onda de calor em fevereiro de 2025, com temperaturas recordes atingindo 43,8°C no Rio Grande do Sul. As regiões afetadas incluem São Paulo e o Nordeste. As escolas fecharam e alertas de saúde foram emitidos. Especialistas relacionam o clima extremo às mudanças climáticas, enquanto a agricultura sofre com a queda de produtividade devido ao calor.