Santa Cruz se une à Prefeitura do Recife para mudar histórias de animais de rua
Quem passeia pelos bairros de Recife já se deparou com cães e gatos abandonados, lutando por comida e abrigo. Agora, uma parceria entre o Santa Cruz e a Prefeitura do Recife promete virar o jogo para muitos desses animais. A ideia surgiu da necessidade urgente de unir forças para dar visibilidade ao problema do abandono e criar oportunidades reais de adoção. O clube, com sua torcida apaixonada e enorme alcance social, traz uma vitrine poderosa para campanhas desse tipo.
O objetivo vai além de encontrar lares para cães e gatos. A parceria foca em sensibilizar a população. Muita gente ainda não entende os benefícios e a responsabilidade de adotar um animal. Nessas ações, além de eventos presenciais com pets para adoção no estádio ou em pontos estratégicos da cidade, serão distribuídos materiais educativos sobre castração, vacinação e cuidados básicos com animais domésticos.
Campanhas, eventos e o papel das ONGs
Em datas dos jogos do Santa Cruz, a torcida poderá conhecer animais disponíveis para adoção em espaços montados no Arruda, com orientação de ONGs e veterinários parceiros. A presença dos pets nessas ações acaba chamando atenção de famílias que nunca pensaram em adotar. A Prefeitura do Recife, por sua vez, oferece suporte logístico, infraestrutura e divulga as campanhas em suas plataformas digitais, aumentando o alcance exponencial.
A iniciativa não se resume só ao Santa Cruz. Outros clubes já tentaram ações semelhantes pelo Brasil, mas a diferença em Recife é o envolvimento direto de órgãos públicos, facilitando processos e criando um sistema mais organizado para adoções. ONGs de proteção animal participam ativamente, fazendo triagem dos pets, acompanhando as novas famílias e promovendo feiras regulares de adoção.
Os números ainda estão sendo levantados, mas a expectativa é de que centenas de animais possam encontrar um lar só nos primeiros meses. A esperança é também reduzir o abandono e inspirar outros clubes e cidades a adotar modelos parecidos. Tudo isso mostra que esporte, poder público e comunidade juntos podem fazer mais do que mudar o placar de um jogo: podem mudar vidas mesmo.
15 Comentários
Talita Gabriela Picone- 4 junho 2025
Isso é o tipo de iniciativa que faz a gente acreditar de novo que coisa boa pode vir do poder público e do esporte juntos. Não é só sobre adoção, é sobre mudar a cultura. Muita gente ainda acha que animal de rua é lixo. Essa campanha tá botando amor na frente do preconceito.
Vanessa Aryitey- 4 junho 2025
Mais uma campanha bonitinha pra foto e depois tudo volta ao normal. Onde estão os abrigos reais? Onde está o investimento em castração em massa? Vocês acham que colocar um cachorro no estádio vai resolver o problema do abandono? Isso é marketing com peludo. Eles não vão durar nem um mês depois do jogo.
Carlos Heinecke- 5 junho 2025
Ah, claro. O Santa Cruz tá salvando o mundo. Enquanto isso, o prefeito tá gastando milhões com iluminação de ponte que ninguém usa. Mas tá bom, vamos aplaudir um cãozinho no Arruda como se fosse a salvação da pátria. O que falta é política pública de verdade, não espetáculo com ração.
Amanda Sousa- 6 junho 2025
Eu lembro quando fui ao Arruda e vi um labrador com uma plaquinha de adoção. A gente não pensa, mas quando o animal tá ali, na sua frente, com olhar de quem já perdeu tudo... é impossível não se tocar. A gente não adota por obrigação, a gente adota porque o coração aperta. Essa iniciativa tá fazendo exatamente isso: humanizando o que a sociedade esqueceu.
Aline de Andrade- 8 junho 2025
A estrutura de adoção precisa de protocolos de pós-adoção, não só de eventos pontuais. A falta de acompanhamento psicológico e técnico para os novos tutores é o que gera a maioria dos retornos. Precisamos de um sistema de triagem com indicadores de estabilidade familiar, não só de boa vontade.
Ezequias Teixeira- 9 junho 2025
Sei que parece clichê, mas isso aqui é um exemplo real de como o esporte pode ser uma força de transformação. Não é só sobre vitórias no campeonato. É sobre mostrar que um cachorro abandonado pode ser tão importante quanto um jogador. E isso muda gerações.
Adylson Monteiro- 9 junho 2025
Isso é uma farsa. Você acha que colocar um gato no estádio vai fazer as pessoas pararem de abandonar? O problema é a ignorância, a preguiça e o egoísmo. E vocês acham que um cartaz e uma ONG vão consertar isso? NÃO. O que precisa é multa pesada, prisão para quem abandona, e castração obrigatória. Nada disso. Só teatro. E ainda querem aplausos?
Fabiano Oliveira-10 junho 2025
A iniciativa é válida, mas carece de um plano de sustentabilidade. A adoção em massa sem suporte contínuo gera um ciclo vicioso de retorno e reabandono. É necessário um sistema de monitoramento semestral, com avaliação de bem-estar animal por profissionais credenciados, e não apenas depoimentos emocionais.
Bruno Goncalves moreira-11 junho 2025
Tava no Arruda no último jogo e vi um poodle com uma coleira de plástico e um cartaz. Fiquei com o coração apertado. Não falei nada na hora, mas fui na ONG depois e adotei. Hoje ele dorme no meu quarto. Não é só um cachorro. É família.
Carla P. Cyprian-11 junho 2025
A eficácia da campanha deverá ser mensurada por indicadores quantitativos e qualitativos, incluindo a taxa de retorno de animais adotados, a adesão às campanhas de castração e a correlação entre a frequência dos eventos e o número de adoções registradas no sistema municipal.
Suellen Cook-11 junho 2025
Isso é uma piada. Você acha que um cachorro no estádio vai fazer alguém parar de jogar o animal na rua? Isso é só para os que já se importam. Os que abandonam? Eles nem vão ver. E mesmo que vejam, não vão mudar. Isso é pura performance. Sem substância. Sem consequência.
Mayra Teixeira-13 junho 2025
Eu já vi isso antes em outras cidades. Tudo bonitinho na hora do jogo, depois some. As ONGs ficam com o peso de cuidar, o poder público some, e os animais voltam pra rua. A gente não precisa de eventos, precisa de lei. Lei mesmo. Com punição. Sem isso, é só ilusão.
Wagner Wagão-13 junho 2025
Aqui vai um segredo: o que muda a cabeça das pessoas não é a campanha. É o encontro. É o olho no olho. É o cachorro que te encara e não late, só balança a cauda. É o gato que te pula no colo sem pedir nada. Aí, você não decide adotar. Você se descobre incapaz de deixar ir. Essa parceria tá fazendo exatamente isso. Ela tá criando conexões, não só registros.
Evandro Argenton-14 junho 2025
Ouvi dizer que o prefeito tá colocando umas placas de ‘Adote, não compre’ em todos os postes da cidade. Só que os caras que jogam cachorro na rua nem sabem ler. Mas tudo bem, a gente pode fazer uma campanha em vídeo no TikTok com o time do Santa Cruz dançando com os bichinhos. Isso vai resolver.
Francielly Lima-14 junho 2025
A iniciativa, embora aparentemente altruísta, carece de uma análise crítica da estrutura de poder que a sustenta. A corporação esportiva, ao se associar ao aparelho estatal, reproduz uma narrativa de responsabilidade social que desvia o foco das causas estruturais da violência contra animais - a pobreza, a ausência de políticas públicas de saúde animal e a criminalização da pobreza urbana.