por Rodrigo Batista - 1 Comentários

Quando Max Verstappen, piloto da Red Bull Racing cruzou a linha de chegada em GP do Azerbaijão ainda no domingo de 21 de setembro, ele praticamente fechou o mês com chave de ouro: 1:33:26.408 de tempo, 14,6 segundos à frente de George Russell da Mercedes e 19,2 segundos de Carlos Sainz, da Williams. A Corrida, parte da Grande Prêmio do Azerbaijão de Fórmula 1 2025Baku, marcou a 17ª etapa da temporada, e o circuito urbano de 6,003 km, projetado por Hermann Tilke, voltou a desafiar pilotos e equipes.

Contexto histórico do GP de Baku

Desde sua estreia como Grande Prêmio Europeu em 2016, o Circuito da Cidade de Baku ganhou fama por combinar retas de mais de 2 km com a temida curva 8, o ponto mais estreito do calendário. A primeira vitória de um holandês aconteceu em 2021, mas foi o duelo entre Verstappen e Lewis Hamilton que colocou Baku nos livros como palco de surpresas. Em 2019, Charles Leclerc quebrou o recorde de volta mais rápida (1:43.009) – recorde que ainda resiste, apesar das mudanças aerodinâmicas de 2022.

Desenvolvimento da corrida de 2025

O fim de semana seguiu o roteiro habitual: sexta‑feira começou com treinos livres, sábado trouxe a classificação onde Verstappen garantiu a pole position com 1:42,985, quase três décimos à frente de Leclerc. No domingo, a largada foi limpa; porém, a virada aconteceu na volta 12, quando a Mercedes sofreu um pequeno deslize na curva 11, abrindo espaço para o carro de Liam Lawson (RB) avançar ao quinto lugar.

A estratégia de pit stop foi decisiva. Red Bull, confiante na superioridade de pneus médios, optou por duas paradas, enquanto Mercedes apostou em três trocas rápidas, o que acabou custando tempo nas últimas dez voltas. O piloto holandês controlou o ritmo, usando a longa reta de 2,2 km para abrir marginalmente a distância a cada volta.

  • Tempo total da corrida: 1 hora, 33 minutos e 26,408 segundos.
  • Voltas: 51 (306,153 km).
  • Diferença entre 1º e 2º lugar: 14,609 segundos.
  • Maior velocidade registrada na reta principal: 368 km/h.
  • Turno de pit stop mais rápido: 2,3 segundos (Red Bull).

Pódio e desempenho das equipes

Além de Verstappen, o pódio contou com nomes que não costumam brilhar em Baku. Russell, embora tenha começado na quinta posição, subiu graças a um pit stop impecável da Mercedes. Sainz, que venceu a última corrida em Singapura, surpreendeu ao terminar terceiro, superando Charles Leclerc, que acabou quarto após encostar na curva 12 nos últimos cinco minutos.

Os quatro melhores tempos do treino livre foram dominados por Red Bull, seguida de perto por Mercedes. A equipe Ferrari, por outro lado, lutou para encontrar o balanço correto de asa dianteira, o que levou Leclerc a terminar sétimo no grid. McLaren e Alpine ficaram fora dos pontos, reforçando a crescente disparidade entre as equipes de ponta e o restante do grid.

Reações dos protagonistas e análises técnicas

Reações dos protagonistas e análises técnicas

Logo após a vitória, Verstappen exaltou a consistência da Red Bull: "A estratégia deu certo, mas o carro está fenomenal. Baku é um circuito que recompensa coragem e precisão." Em entrevista ao BBC Sport, Russell comentou: "Perder a pole foi frustrante, mas a equipe fez o trabalho certo nos pits. Ainda temos potencial para lutar por vitórias até o fim da temporada." O técnico da Mercedes, James Allison, admitiu que a estratégia de três paradas não funcionou como esperado e prometeu ajustes para Singapura.

Especialistas apontam que a nova regulamentação aerodinâmica de 2026, que deve reduzir a carga de downforce, pode mudar drasticamente o caráter de Baku. "Será ainda mais rápido, mas a margem para erro diminui", disse o analista da Motorsport.com, Jules Stewart.

Próximas etapas e implicações no campeonato

Com 380 pontos acumulados, Verstappen abre caminho para garantir o título ainda nas últimas corridas, mas a batalha pela segunda posição está mais viva do que nunca. A próxima parada será o Grande Prêmio de CingapuraMarina Bay Street Circuit, de 3 a 5 de outubro, onde a temperatura elevada pode favorecer a Mercedes.

Depois de Cingapura, a agenda segue com os EUA (Circuito das Américas), Las Vegas, Qatar e o clássico Abu Dhabi. Cada corrida ainda tem potencial para remodelar o grid de pontos, sobretudo se surgirem mais incidentes como o de Leclerc em 2019.

Frequently Asked Questions

Como a vitória de Verstappen impacta a luta pelo título?

Com 380 pontos, Verstappen amplia a margem sobre Hamilton e Sainz, que ficam a 66 e 78 pontos de diferença, respectivamente. Ainda há cinco corridas, mas a vantagem permite que ele jogue com estratégia mais conservadora, visando garantir o título já nas últimas duas etapas.

Quem foram os destaques fora do pódio?

Liam Lawson, da RB, surpreendeu ao terminar quinto, enquanto Fernando Alonso, da Aston Martin, recuperou posições e finalizou sétimo, mostrando que a experiência ainda conta em circuitos de alta velocidade.

Qual foi a maior dificuldade encontrada pelas equipes?

O principal desafio foi equilibrar a aerodinâmica para as retas de mais de 2 km e a curva 8. Muitas equipes, como Ferrari e Alpine, perderam desempenho nas retas, resultando em tempos de volta mais lentos e posições mais baixas no grid.

O que esperar da próxima corrida em Cingapura?

Cingapura costuma ser quente e úmida, o que favorece a gestão de pneus. A Mercedes chegou otimista após ajustes no motor, enquanto a Red Bull busca manter a vantagem aerodinâmica. A corrida pode ser decisiva para a disputa da segunda colocação.

Como a transmissão foi feita no Brasil?

A TV Band exibiu a corrida ao vivo na televisão aberta, enquanto a Bandsports trouxe os treinos e a classificação na TV fechada. Também houve cobertura em tempo real pelo portal ge.globo, que ofereceu comentários minuto a minuto.