No Moda Center, em Portland, Oregon, na noite de segunda-feira, 3 de novembro de 2025, os Los Angeles Lakers venceram os Portland Trail Blazers por 123 a 115 — mesmo sem seus dois principais armadores, o esloveno Luka Dončić e o americano Austin Reaves. Ambos foram poupados após jogarem quase 40 minutos cada na vitória de domingo contra os Memphis Grizzlies, abertura da Emirates NBA Cup 2025Crypto.com Arena. A decisão, anunciada oficialmente na manhã do jogo, gerou dúvidas. Mas o resultado? Um dos mais impressionantes da temporada: uma vitória de equipe, sem estrelas, contra um adversário que vinha de três vitórias seguidas.
Dois times em alta, um jogo que virou de cabeça para baixo
Os Trail Blazers entraram em quadra com a confiança de quem dominou o primeiro tempo. Com um ataque agressivo liderado pelo israelense Deni Avdija (33 pontos), eles abriram 39-29 no primeiro quarto e ampliaram a vantagem para 13 pontos com um dunk poderoso do americano Jerami Grant. Mas aqui está o twist: os Lakers, sem Dončić nem Reaves, não desmoronaram. Pelo contrário. Ajustaram a defesa, pressionaram nas transições e reduziram a desvantagem para apenas 3 pontos no intervalo: 55-52.Os heróis que apareceram quando menos se esperava
Com apenas nove jogadores disponíveis — e nenhum dos titulares principais —, os Lakers contaram com três nomes que raramente ocupam o centro das atenções. O centro bahiano Deandre Ayton, que jogou pelos Trail Blazers entre 2022 e 2024, retornou à sua antiga casa com uma atuação de pesadelo: 29 pontos, 10 rebotes e 3 bloqueios. O japonês Rui Hachimura não deu folga: 28 pontos com eficiência de 62% nos arremessos. Mas o verdadeiro clímax veio com o garoto de 20 anos, Nick Smith Jr., titular de contrato bidirecional. Ele anotou 25 pontos, incluindo dois triples decisivos nos últimos 90 segundos, quebrando a resistência de Portland.Enquanto isso, os Trail Blazers desmoronaram no arremesso de três pontos. 9 de 40 tentativas (22,5%). Isso é menos do que a média de um jogador de basquete amador. A média da equipe na temporada era de 36,8%. O colapso ofensivo foi tão grave que o índice de eficiência ofensiva caiu de 115,3 para 108,7 — o suficiente para transformar uma vitória provável em derrota.
Por que descansar Dončić e Reaves? O custo da inteligência
A decisão dos Lakers não foi impulso. Foi estratégia. E é aqui que entra o novo regulamento da NBA, implementado na temporada 2024-2025: equipes precisam divulgar 90 minutos antes do jogo quem estará fora por descanso. Os Lakers, sob a gestão do GM Rob Pelinka, estão usando isso como arma. Dončić e Reaves jogaram 39 e 38 minutos, respectivamente, no jogo anterior — números que, em um calendário apertado, podem levar a lesões. O time não está apenas jogando para vencer. Está jogando para durar.Isso não é só sobre saúde. É sobre valor. Os Lakers, avaliados em US$ 7,5 bilhões pela Forbes, sabem que uma campanha sólida no final da temporada vale bilhões. Eles estão 8-3. Os Trail Blazers, 6-5. O que parece um jogo normal, na verdade é um teste de longo prazo: quem se prepara melhor para os playoffs?
O que vem a seguir? O calendário que define o rumo
Os Lakers voltam à Crypto.com Arena na quarta-feira, 5 de novembro, para enfrentar os Phoenix Suns. Dončić e Reaves devem retornar — o time classificou ambos como "day-to-day". Já os Trail Blazers, com o tiro de três em crise, enfrentam os Golden State Warriors na terça-feira, em San Francisco. O técnico Chauncey Billups precisa resolver um problema que vai além de talento: confiança. Sem acertos de longa distância, qualquer liderança é frágil.Um lembrete histórico: quando Reaves carregou os Lakers
É curioso lembrar que, na última vez que Dončić ficou de fora, foi Reaves quem assumiu o papel de líder ofensivo. Ele marcou 51 pontos contra os próprios Trail Blazers, 41 contra os Sacramento Kings e acertou a cesta da vitória contra os Minnesota Timberwolves. Agora, com ele descansado, foi Smith Jr. quem fez o papel de herói. O ciclo se repete. A cultura do time mudou. Não depende mais de um único nome. E isso assusta os adversários.
As estatísticas que contam a verdade
- Lakers: 8 vitórias, 3 derrotas — 4º no Oeste
- Trail Blazers: 6 vitórias, 5 derrotas — 8º no Oeste
- Arremessos de três pontos dos Blazers: 9/40 (22,5%) — pior desempenho da temporada
- Rebotes totais dos Lakers: 52 contra 43 dos Blazers
- Assistências: 28 dos Lakers contra 21 dos Trail Blazers — prova de que o jogo coletivo venceu o individualismo
Frequently Asked Questions
Por que os Lakers decidiram descansar Dončić e Reaves depois de um jogo só?
Apesar de terem jogado apenas um jogo anterior, ambos acumularam quase 40 minutos cada no confronto contra os Grizzlies, em um calendário apertado da Emirates NBA Cup. A equipe adotou uma política de gestão de minutos mais rigorosa após lesões anteriores, e o regulamento da NBA exige que descansos sejam declarados 90 minutos antes da partida. O objetivo é evitar fadiga crônica e manter os jogadores saudáveis para os playoffs.
Como Nick Smith Jr. conseguiu se destacar em um jogo tão importante?
Smith Jr., de apenas 20 anos e com contrato bidirecional, já vinha sendo treinado como um "clutch player" pela comissão técnica. Ele teve mais minutos que o habitual por causa da escalação reduzida e aproveitou a pressão dos Blazers, que focavam em Ayton e Hachimura. Seus dois triples no fim do jogo foram decisivos — e mostram que os Lakers têm profundidade, não só estrelas.
Qual foi o maior erro dos Trail Blazers nesse jogo?
O erro foi o colapso no arremesso de três pontos. Mesmo com Avdija e Grant criando oportunidades, a equipe acertou apenas 22,5% dos tiros de longa distância — bem abaixo da média da temporada (36,8%). Isso fez com que o ataque ficasse estagnado e a defesa dos Lakers conseguisse se reorganizar. Sem o tiro de três, qualquer vantagem é efêmera.
O que essa vitória significa para o futuro dos Lakers?
Mostra que os Lakers não dependem só de Dončić ou Reaves. Com uma campanha de 8-3, eles estão entre os quatro melhores do Oeste. A vitória sem os titulares aumenta a confiança da equipe e prova que a filosofia de gestão de carga está funcionando. Se mantiverem esse ritmo, podem chegar aos playoffs como uma das favoritas, mesmo com um calendário difícil.
Por que o desempenho de Deandre Ayton foi tão significativo?
Ayton jogou pelos Trail Blazers entre 2022 e 2024 e foi trocado por uma seleção de draft. Voltar a Portland como jogador dos Lakers, com uma atuação de 29 pontos e 10 rebotes, foi simbólico. Ele não só superou seu antigo time, como liderou a defesa com 3 bloqueios, o que foi crucial para conter o ataque de Portland. Sua evolução como líder no garrafão é um dos grandes avanços da temporada.
O que os Trail Blazers precisam fazer para voltar aos trilhos?
Precisam corrigir o tiro de três pontos — e rápido. A média caiu para 32,1% nos últimos cinco jogos. O técnico Chauncey Billups precisa ajustar o sistema ofensivo, dar mais liberdade a jogadores como Anfernee Simons e criar mais espaços para os arremessadores. Além disso, precisam de mais consistência defensiva. Sem isso, mesmo com Avdija em forma, vão continuar perdendo jogos que deveriam vencer.
20 Comentários
MAYARA GERMANA- 6 novembro 2025
Então o Dončić e o Reaves ficaram de fora e o time ainda venceu? Sério? Acho que o técnico tá brincando com a gente. Se é pra descansar, que descanse no começo da temporada, não no meio do caminho. E esse Smith Jr. de 20 anos? Parece que saiu de um jogo da NBA 2K com modos de legenda. 25 pontos? Com dois triples no fim? Tá vendo, pessoal? O basquete tá virando RPG agora.
Flávia Leão- 7 novembro 2025
Essa história de descanso estratégico é linda... até você olhar pro rosto do Ayton voltando pra Portland como se tivesse vindo de uma missão de vingança. O cara tá com uma aura de exilado que voltou com a coroa. E o pior? Ele fez tudo sem nem precisar gritar. Só balançou a rede, bloqueou, e saiu como se tivesse acabado de tomar café. O basquete tá virando poesia triste.
Cristiane L- 8 novembro 2025
Alguém pode me explicar como um time com 9 jogadores conseguiu ter 52 rebotes contra um time que tem Grant e Avdija? Isso não é só estratégia, é quase mágica. E o fato de o tiro de três deles ter caído como se fosse um balde furado... tá parecendo que o treinador de Portland esqueceu de ensinar o básico. Será que o sistema tá quebrado ou é só o time que tá perdido?
Andre Luiz Oliveira Silva-10 novembro 2025
Olha só o que o capitalismo fez com o basquete: transformou heróis em peças de um algoritmo de longevidade. Dončić não é mais um gênio, é um ativo. Reaves não é mais um líder, é um número de minutos. E Smith Jr.? Um protótipo de futuro. O time não vence por talento, vence por gestão de estoque. A NBA virou uma startup de basquete com KPIs e relatórios de fadiga. E nós, torcedores, somos os usuários que pagam pra ver o show de logística.
Leandro Almeida-10 novembro 2025
22,5% de aproveitamento de três pontos? Isso não é azar, é incompetência crônica. O Portland tá jogando como se o arremesso de longa distância fosse um ato de fé, e não de técnica. Eles não precisam de mais talento, precisam de um psicólogo e um treinador que saiba ensinar a pegar a bola e jogar pra cima. E ainda querem entrar nos playoffs? Com esse nível? Melhor pedir um cupom de desconto pro próximo ano.
kang kang-11 novembro 2025
Isso aqui é o que o basquete deveria ser: equipe, não estrelas. Quando o time inteiro se move como um só corpo, o individualismo vira lixo. Smith Jr. não é um milagre, é o resultado de um sistema que acredita em desenvolvimento. E Ayton? Ele não tá jogando pra vencer o antigo time, tá jogando pra provar que o valor não está no nome da camisa, mas na alma do jogador. 🤝
Jailma Andrade-12 novembro 2025
É bonito ver como o basquete pode unir pessoas de diferentes culturas: um centro brasileiro, um ala japonês, um armador de 20 anos, e um time inteiro que acredita no coletivo. Isso aqui não é só vitória, é um exemplo de que o esporte pode ser um espaço de inclusão. Não precisamos de super-heróis. Precisamos de pessoas que se importam com o time. Parabéns, Lakers. Vocês mostraram o caminho.
Leandro Fialho-13 novembro 2025
Galera, acho que a gente tá subestimando o que isso significa. Não é só que venceram sem os titulares. É que venceram com jovens que ninguém esperava. Isso é o futuro do basquete. Não é mais sobre quem é mais famoso, é sobre quem tá pronto. E se o Smith Jr. pode fazer isso com 20 anos, o que o resto do time pode fazer com mais tempo? Acho que os Lakers vão ser campeões. E eu tô torcendo pra isso.
Eduardo Mallmann-14 novembro 2025
É interessante observar a evolução do modelo de gestão esportiva contemporânea, especialmente em contextos de alta pressão competitiva. A prática de gerenciamento de minutos, embora discutível sob a ótica tradicional, demonstra uma maturidade operacional que transcende o purismo do jogo. A vitória sem os titulares é um indicador de resiliência sistêmica, não de sorte. A análise estatística da eficiência ofensiva dos Trail Blazers confirma a falha estrutural em sua arquitetura tática. A NBA, em sua evolução, está priorizando a sustentabilidade do atleta como componente central da excelência competitiva.
Timothy Gill-16 novembro 2025
Descanso? Tá brincando? Dončić é um gênio e tá sendo tratado como um carro de luxo que precisa de manutenção. E esse Smith Jr.? Um garoto que jogou 20 minutos no ano passado e agora tá fazendo 25 pontos? O basquete tá virando um reality show e a gente tá torcendo pra ver quem vai sair. A NBA deveria banir esse negócio de descanso forçado. O jogo é pra ser jogado, não pra ser administrado como um spreadsheet
David Costa-17 novembro 2025
Quando eu era criança, a gente torcia por estrelas. Hoje, a gente torce por sistemas. E isso é bonito, mas também triste. O Ayton voltou como um herói de filme, mas ninguém vai lembrar do nome dele daqui a cinco anos. O que vai ficar é o modelo. O que vai ficar é o fato de que um time pode vencer sem o nome mais famoso. Isso é o futuro. E eu não sei se estou feliz com isso. Mas é o que temos.
Thiago Silva-17 novembro 2025
Eu tô aqui só pra dizer que isso aqui é o que eu amo no basquete. Não importa quem tá no time, se todo mundo tá disposto a dar o máximo. Smith Jr. não tinha nada pra provar, mas provou. Ayton não precisava mostrar nada pra Portland, mas mostrou. E o time inteiro? Não desistiu. Isso aqui é o que o esporte deveria ser: coragem, trabalho, e fé. Parabéns a todos os Lakers. Vocês são inspiração.
Willian Paixão-18 novembro 2025
Se você tá achando que isso foi sorte, tá enganado. O Lakers treinou isso. Eles treinaram pra jogar com menos. Eles treinaram pra confiar nos jovens. Eles treinaram pra não depender de um único jogador. Isso aqui é o resultado de um trabalho de anos. Não é milagre. É planejamento. E se o seu time não tá fazendo isso, tá atrasado.
Bruna Oliveira-18 novembro 2025
22,5% de aproveitamento de três? Isso é uma vergonha. O Portland tá jogando como se o tiro de três fosse um ritual místico. Eles não precisam de mais jogadores, precisam de um exorcista. E esse Smith Jr.? Um garoto de contrato bidirecional que virou o herói? O basquete tá virando uma novela mexicana. Quem escreveu isso? Um roteirista de streaming?
Sayure D. Santos-18 novembro 2025
É estranho como o basquete moderno exige mais inteligência do que força. O Lakers não venceu por talento, venceu por decisão. E o Portland? Perdeu por confiança. Quando o tiro de três falha, o time perde a alma. Acho que o Billups precisa de uma conversa séria com os jogadores. Não é só técnica, é mental. Eles precisam acreditar de novo.
Leandro Moreira-20 novembro 2025
25 pontos do Smith Jr.? Isso é um erro de sistema. Um garoto de 20 anos não deveria estar em um jogo desses. A NBA tá virando um reality show de jovens. E o descanso? Tá virando desculpa pra não ter profundidade. Se o time precisa de dois jogadores pra vencer, é porque tá fraco. Ponto.
Geovana M.-21 novembro 2025
Descansar Dončić? Sério? Ele é o cara que faz tudo. Eles estão jogando com o futuro, mas esqueceram do presente. E esse Smith Jr.? Um garoto que nem tinha nome no calendário e agora tá na capa? Acho que o técnico tá tentando criar uma lenda. Mas não dá pra construir um time só com heróis de um jogo.
Carlos Gomes-21 novembro 2025
A análise estatística é clara: a eficiência ofensiva dos Blazers caiu 6,6 pontos por 100 posse. Isso é significativo. O sistema defensivo dos Lakers, mesmo sem titulares, forçou erros e limitou transições. O fato de Ayton ter bloqueado 3 arremessos indica que a equipe se adaptou taticamente. O resultado não foi acaso. Foi execução. E Smith Jr. demonstrou maturidade emocional rara para sua idade. A gestão de minutos foi correta, e a decisão de escalar os jovens foi estratégica, não desesperada.
Juliana Ju Vilela-21 novembro 2025
Isso aqui é o que eu amo no esporte! Um time que acredita no seu grupo, mesmo sem os nomes grandes. Smith Jr. tá mostrando que o talento não espera por convites. Ele foi chamado e fez o que tinha que fazer. E o Ayton? Tá jogando com coração. Parabéns aos Lakers! Vocês são o exemplo de que o trabalho em equipe realmente vence. 💪🔥
Rayane Martins-22 novembro 2025
Se você acha que isso foi sorte, tá cego. O Lakers não venceu por acaso. Venceu porque treinou para isso. E o Portland? Tá perdido. Sem tiro de três, sem confiança, sem liderança. Isso não é azar, é falha de gestão. E o melhor? O time mais jovem do jogo foi o que mais mostrou cabeça. Isso aqui é o futuro. E ele já chegou.