Vagner Noronha brilha entre os melhores da São Silvestre
Na virada do ano, a Avenida Paulista recebeu a 99ª edição da São Silvestre, atraindo quase 22 mil homens e mais de 13 mil mulheres. Entre eles, o nome de Osasco apareceu em destaque: Vagner Noronha, 37 anos, chegou em 24º no quadro masculino, completando os 15 km em 50 minutos e 6 segundos. Para quem acompanha a corrida, esse tempo coloca o atleta entre a elite nacional, sobretudo considerando a profundidade dos tempos de chegada, onde poucos conseguem bater a marca dos 52 minutos.
Noronha não está de primeira viagem. O corredor, membro da FAE‑Osasco e beneficiário da bolsa de atleta municipal, já correu a São Silvestre cinco vezes. Em edições anteriores ele habitualmente ficava dentro dos 30 primeiros, o que evidencia consistência e experiência em provas de alta pressão. Além da pista brasileira, Vagner representou o país nos Campeonatos Mundiais de 2019, em Doha, reforçando o nível internacional que traz para a cidade.
Outros destaques: mulheres e masters de Osasco
No grupo feminino, duas atletas se destacaram entre mais de 13 mil corredoras. Maria Silvania da Silva cruzou a linha em 17º lugar, com tempo bruto e líquido de 1 hora, 9 minutos e 55 segundos – desempenho que a coloca entre as 0,2% primeiras da categoria. Rita Ribeiro, por sua vez, ficou em 37º, registrando 1:09:05 no tempo líquido e 1:12:53 no bruto, mostrando força na segunda metade da prova.
Entre os masters, Edevaldo Silva Maia, de 62 anos, participou da faixa etária 60‑64. Ele completou a corrida em 1 hora, 19 minutos e 9 segundos, garantindo o 79º posto dentro do seu grupo de 1.694 competidores. No ranking geral masculino, Edevaldo ficou em 1.973º, prova de que a longevidade no esporte pode ser tão competitiva quanto nas faixas de idade mais jovens.
Os números da corrida também ajudam a entender o panorama: dos 21.698 homens inscritos, apenas 24 ficaram à frente de Vagner; entre as 13.556 mulheres, as posições de Maria e Rita estão entre as 50 primeiras. Esse tipo de resultado eleva a visibilidade de Osasco no cenário nacional e motiva novos talentos a buscar apoio da secretaria.
Thiago Borges, secretário de Esporte, Lazer e Cultura de Osasco, não poupou elogios: "É com muito orgulho que celebramos o desempenho dos nossos atletas na São Silvestre. Cada um representa o espírito esportivo e a dedicação que queremos espalhar pela cidade." O secretário ainda ressaltou que o programa de bolsa de atleta tem sido essencial para que corredores como Noronha consigam conciliar treinamento, competição e vida profissional.
O programa municipal oferece apoio financeiro, acompanhamento fisioterapêutico e a possibilidade de participação em eventos externos. Segundo dados da secretaria, o número de atletas beneficiados cresceu 15% nos últimos dois anos, reflexo do interesse crescente em modalidades de resistência.
Além das medalhas e das colocações, a participação de Osasco na corrida trouxe um retorno simbólico: o município foi mencionado nas transmissões ao vivo, e a bandeira da cidade apareceu nos bastidores, reforçando a identidade local. Organizações comunitárias aproveitam o evento para promover campanhas de saúde e incentivo à prática de corrida entre jovens e idosos.
Para a comunidade corrida de Osasco, os resultados da São Silvestre servem de inspiração. Nas academias e clubes da região, já se fala em grupos de treino que planejam melhorar tempos e alcançar novas metas para a edição de 2025. A expectativa é que a bolsa de atleta continue a atrair talentos e que, nos próximos anos, mais nomes de Osasco apareçam nos primeiros lugares da prova.
11 Comentários
Suellen Cook-25 setembro 2025
Vagner fez 50:06? Isso é ridículo. Se fosse um corredor de elite internacional, seria um top 10. Mas aqui no Brasil, com pista plana e pouca concorrência real, qualquer um com treino sério chega perto disso. Não exagerem.
TATIANE FOLCHINI-26 setembro 2025
Eu não acredito que alguém ainda fala em bolsa de atleta como se fosse algo mágico. O que eles fazem com esse dinheiro? Compra tênis? Ou só paga a conta de luz enquanto treina até cair? A cidade deveria investir em infraestrutura, não em medalhas.
Luana Karen-26 setembro 2025
O que mais me emociona não é o tempo, mas a história por trás. Vagner é um cara que acorda às 4h da manhã, corre 20km antes do trabalho, e ainda assim encontra energia pra encorajar garotos da periferia. Isso aqui não é só esporte. É transformação. E Maria Silvania? Ela é mãe de três, trabalha como diarista e corre mais rápido que a maioria dos atletas profissionais que só treinam por contrato. Isso é força pura.
Luiz Felipe Alves-28 setembro 2025
A São Silvestre nunca foi uma prova de elite. É um evento de massa, com cronometragem imprecisa, multidão caótica e subidas que não existem no mapa. O tempo de Vagner é impressionante, mas comparar com Doha? Isso é pura ilusão de grandeza. Em Doha, você corre com calor de 40°C e umidade de 90%. Aqui, é novembro, temperatura agradável, e a pista é pavimentada. Nada de heróis. Apenas atletas bem treinados.
Ana Carolina Campos Teixeira-28 setembro 2025
A narrativa construída em torno desse resultado é excessivamente sentimental. Não há nada de extraordinário em terminar em 24º lugar em uma corrida de rua. A elite mundial corre abaixo de 42 minutos. O que se vê aqui é uma tentativa de criar heróis locais onde não existem. A cidade precisa de realismo, não de mitos.
Stephane Paula Sousa-30 setembro 2025
Edevaldo com 62 anos e 1:19 é show de bola mesmo tipo isso que eu falo sempre que a idade é so um numero se vc tiver saude e vontade pode tudo tipo assim
Edilaine Diniz- 1 outubro 2025
Só queria dizer que vi o Vagner passando na Avenida Paulista e ele tava com um sorriso enorme. Parecia que tava curtindo cada metro. Isso é o que importa. O tempo é só um número. O que ele representa pra Osasco é outro nível.
Thiago Silva- 2 outubro 2025
E o que? Mais um corredor que ganha uma bolsa e vira notícia? E os que não têm? Os que treinam na rua sem apoio nenhum? O sistema só valoriza quem já tem nome. Isso é pura propaganda. O esporte deveria ser pra todos, não só pra quem a prefeitura escolhe.
Gabriel Matelo- 3 outubro 2025
A São Silvestre é uma das provas mais estratégicas do calendário brasileiro. A densidade de corredores de elite, o perfil da pista, e o clima de São Paulo criam um laboratório natural de desempenho. O tempo de 50:06 de Vagner é, de fato, superior a 98% dos participantes nacionais. O fato de ele ter sido campeão nacional em 2021 e ter representado o Brasil em Doha não é coincidência. É resultado de um planejamento técnico, nutricional e psicológico rigoroso. A bolsa municipal não é um benefício caritativo - é um investimento de retorno comprovado.
Luana da Silva- 5 outubro 2025
50:06. 24º. FAE-Osasco. Bolsa. São Silvestre. 99ª edição. 21k homens. 13k mulheres. Edevaldo 62. 1:19:09. Maria 17º. Rita 37º. Tudo documentado.
Pedro Vinicius- 7 outubro 2025
Acho que o verdadeiro herói aqui não é o Vagner nem o Edevaldo. É a secretaria que não desistiu de acreditar que esporte é direito e não privilégio. Muita gente fala que o governo não faz nada. Mas quando faz, faz bem. E isso aqui é um exemplo.