A natação paralímpica faz parte do Programa Paralímpico desde a primeira edição dos Jogos de Verão para atletas com deficiência. Ela segue regras muito parecidas com a natação olímpica, mas tem adaptações que permitem a participação de nadadores com diferentes tipos de deficiência física, visual ou intelectual.
Se você acompanha a TV ou segue os perfis esportivos das redes sociais, já deve ter visto nomes como Érika Rodrigues ou Pedro Henrique competindo nas provas de 50m livre e 100m peito. Mas o que realmente separa a natação paralímpica da tradicional? A resposta está nas classes de classificação.
Os atletas são avaliados por uma comissão médica que define a sua classe, que vai de S1 a S10 (para deficiências físicas), S11 a S13 (deficiência visual) e S14 (deficiência intelectual). Cada classe compete em provas específicas, garantindo que o desempenho seja medido de forma justa.
Por exemplo, nadadores da classe S1 têm mobilidade muito limitada, enquanto os da classe S10 têm menos restrições. Isso significa que, ao assistir a uma prova, você verá nadadores com diferentes estilos de nado, braçadeiras ou até mesmo apoio de bóias, dependendo da necessidade.
No calendário internacional, o evento mais importante é a Paralimpíada de Verão, que acontece a cada quatro anos. Entre as edições, os nadadores participam do Campeonato Mundial de Natação Paralímpica e das Parapan American Games, que servem de classificação para o grande palco.
O Brasil tem se destacado nos últimos ciclos. O time masculino conquistou medalhas nos 50m livre S9 e 100m peito S7, enquanto as mulheres brilharam nos 100m nado livre S10. Nomes como Natália Duarte (S9) e Lucas Prado (S7) são referências para quem está começando a se interessar pelo esporte.
Além dos atletas de elite, há uma forte rede de clubes de natação adaptada espalhados pelo país. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm projetos que oferecem treinamento gratuito, desde a iniciação até o alto rendimento.
Quer acompanhar as próximas provas? As transmissões costumam acontecer nos canais esportivos de TV aberta e a maioria dos eventos está disponível ao vivo nas plataformas de streaming das redes sociais dos comitês paralímpicos. Fique de olho nos calendários do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para não perder nenhuma disputa.
Se a ideia é praticar, procure por associações locais de natação adaptada. Muitas delas oferecem sessões de avaliação de classificação gratuitamente. A prática não só melhora a performance no esporte como também traz benefícios para a saúde e inclusão social.
Em resumo, a natação paralímpica é um esporte completo, cheio de histórias de superação e conquistas. Agora que você já conhece as regras, as categorias e os atletas brasileiros de peso, está mais preparado para torcer, assistir ou até mesmo entrar na água.
Carol Santiago, nadadora paralímpica brasileira, encerrou sua campanha nas Paralimpíadas de 2024 em Paris com uma medalha de prata nos 100m peito SB12. Este foi seu quinto pódio nesta edição, somando-se a três ouros e uma prata anteriores. Com isso, Santiago se tornou a atleta brasileira mais condecorada na história das Paralimpíadas.