por Caio Ribeiro - 0 Comentários

Estreia do Botafogo agita o Mundial de Clubes em Seattle

Quem esperava tranquilidade na abertura do Grupo B do Mundial de Clubes viu o clima esquentar assim que Botafogo e Seattle Sounders entraram em campo no Lumen Field, em Seattle, no dia 15 de junho de 2025. De um lado, o Botafogo, carregando a pressão de uma estreia histórica na competição. Do outro, o Seattle, hostil em casa porém ciente do papel de azarão, sem grandes estrelas contratadas e apostando no elenco já conhecido pela torcida local.

O Botafogo foi a campo com uma formação forte: John no gol, Vitinho e Jair formando a fortaleza da zaga, Gregore e Marlon Freitas controlando o meio-campo, e Artur com Igor Jesus para pressionar lá na frente. Este seria o time incumbido de escrever o início da trajetória alvinegra no torneio da FIFA. Para os norte-americanos, Stefan Frei segurou a meta, tendo à frente jogadores como Cristian Roldán e João Paulo – aquele mesmo, que já vestiu a camisa do Botafogo e agora, comandava o meio dos Sounders. Jesús Ferreira fechava o ataque da equipe de Seattle.

E quem apitou esse confronto? O sueco Glenn Nyberg, figura carimbada em jogos internacionais, auxiliado por Mahbod Beigi e Andreas Söderkvist. O trio comandou o espetáculo enquanto as arquibancadas do Lumen Field pulsavam ao som das duas torcidas, cada uma tentando empurrar seu time rumo a uma largada perfeita no grupo.

Expectativas, transmissão e clima de Mundial

No lado carioca, a ansiedade era evidente. Afinal, a estreia em Mundial costuma ser dura, ainda mais longe de casa, longe do calor da torcida no Rio. Não faltaram cobranças para um time que encara a competição com olhos ambiciosos, mas sabendo que cada detalhe pode ser decisivo.

Já nos Estados Unidos, o discurso era de que competir já era uma vitória. O técnico Brian Schmetzer foi direto: basta olhar o cenário – enquanto PSG, Atlético de Madrid e similares chegam com reforços milionários, o Seattle Sounders apostou na força coletiva e em jogadores tarimbados do elenco para encarar o desafio. Sem alarde, mas sem perder o espírito competitivo.

Os brasileiros puderam acompanhar tudo ao vivo por CazéTV, Globo e SporTV, deixando ninguém de fora da festa. E houve um tempero especial na partida com o reencontro entre botafoguenses e João Paulo, um dos pilares do meio americano.

O apito inicial soou exatamente às 23h de Brasília, jogando adrenalina nos torcedores que ficaram acordados só para ver se o Botafogo, finalmente, daria o primeiro passo rumo a um sonho mundial. Os dois times sabiam: cada ponto pode custar – ou garantir – a sobrevivência em um grupo apertado. O resto da fase depende, e muito, deste pontapé inicial.